quinta-feira, 4 de julho de 2013

Soneto da espera

O verde obstinara-se em teus braços
em mim compôs apenas superfície
de tempo, de que és vértice: nasceste 
na tessitura frágil das lembranças.


Carregados teus pés se justapõem
às andanças, maduros de certezas 
que tuas mãos colheram, na visão
das auroras caídas sobre a mesa.


Verde, esse teu aliciando ventos 
sugere uma esperança vespertina 
entre os vãos paralelos das estrelas.


Comigo - claro escuro - o tempo
estaca 
se verde o sol me abriga, definindo-te
cada vez mais tranqüilo de mistérios.


Zila Mamede

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