sábado, 30 de abril de 2011

Sugestões de livros

O Mundo De Sofia - Jostein Gaarder

Gosto superior -Receitas internacionais - Guia prático do vegetarianismo-Fundação Bhaktivedanta

Gizinha -Polycarpo Feitosa

Horto,outros poemas e ressonâncias - Auta de Souza

Arado - Zila Mamede

sábado, 16 de abril de 2011

Fraternidade e vida no Planeta Terra

O projeto desenvolvido pela Igreja Nossa Senhora de Candelária e a Escola Estadual Professor Luís Antônio baseado na Campanha da Fraternidade culminou nesta sexta-feira dia 15 de abril com uma caminhada pacífica em prol da preservação do meio ambiente e apresentações culturais na igreja.
Estão de Parabéns toda comunidade religiosa e escolar. 

(Poema) aluno EEPLA

O amor é amor
a paixão é paixão
ninguém se intrometa
no meu coração.

               Anderson

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Felicidade Clandestina



         Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade". Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia. Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria. Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam. No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez. Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranqüilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte"com ela ia se repetir com meu coração batendo. E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra. Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. As vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados. Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler! E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer. Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo. Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada. As vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.

                                                               Clarice Lispector

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Mais poemas maravilhosos de alunos da EEPLA

VOCÊ

Em cada momento um ato
Em cada ato um pensamento
Em cada pensamento uma saudade
Em cada saudade você

Em cada hora uma história
Em cada história uma aventura
Em cada aventura uma lembrança
Em cada lembrança, você

Em cada dia um livro
Em cada livro um porquê
Em cada porquê uma resposta
Em cada resposta, você

Em cada amor uma vida
Em cada vida um saber
Em cada saber uma certeza
Certeza de gostar de você

Em cada música um canto
Em cada canto uma poesia
Em cada poesia um beijo
Em cada beijo um desejo
Em cada desejo, você

Em cada pássaro um voo
Em cada voo uma paixão
Em cada paixão uma loucura
Em cada loucura, você

Em cada sorriso uma alegria
Em cada alegria uma felicidade
Em cada felicidade uma vontade
Em cada vontade uma satisfação
Em cada satisfação um prazer
Em cada prazer... você

Só você, eternamente você...  Te AMO  

Autor: Mattheus

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Rap

M.C.Aneilson-Equipe funk família Rap

Inserção da música : Um dia frio.

Disposto a mudar aqui estou, com ajuda
dos amigos e a glória do nosso Senhor,
parar pra pensar, se colocando no meu lugar,
hoje meu mundo é uma mentira, eu não
queria assim, mas é assim que é a vida,
eu queria um dia ser feliz, conseguir tudo que sempre quis,
o caminho que você segue é cheio de espinho,
tenha fé em Deus irmão, você não está sozinho,
vim do passado, foi coisa de segundos,
Sei que é tolice tentar entender o mundo.

A humanidade está dentro do cotidiano,
Não querem enxergar que o nosso mundo está
se acabando,
“Um dia frio,um bom lugar pra lê um livro,
Um pensamento lá em você, pois sem você
Eu não vivo” (bis no refrão)

A violência que está dentro do nosso mundo,
Querem bloquear nossa passagem pro futuro,
Muitas crianças que não passam dos 12
Já viveram mais que muitos homens de hoje
Os moleques da minha idade andando de skate
Mandando moinho pro baile, na roda do break
Me vejo na beira do canto, o sol rachando
Meus olhos pequenos, o coração vazio,
No meu quarto dá pra ver as estrelas no céu
Minha história eu escrevo numa folha de papel.
“Um dia frio, um bom lugar pra lê um livro,
Um pensamento lá em você, pois sem você
Eu não vivo” (bis no refrão)

Aneilson - aluno da Escola Estadual Professor Luís Antônio