Quem sabe um dia o mundo fica repleto de “meninos maluquinhos” como os de Ziraldo,então teríamos meninos e meninas felizes.
Ah! Se a terra fosse cheia de bonecas de pano, como Emília,a boneca falante de narizinho, saída dos reinos encantados de um Brasil criança, contado nos livros de Monteiro Lobato.
Se o mundo fosse feito de histórias tiradas dos livros infantis, as únicas coisas que nos fariam medo seriam bruxas com grandes verrugas e dragões, mas estes seriam detidos por príncipes encantados e heróis com poderes mágicos. Não temeríamos a seca do Sertão e não haveriam mendigos e quando alguém tivesse fome poderia ir até a casa de doces, encontrada por Joãozinho e Maria.
Se enchêssemos o mundo de vida das letras das obras infantis não seria preciso comprar um amigo usando um tênis importado ou um celular, pois teríamos aprendido com o “Pequeno Príncipe” que amigo não se compra, se conquista.
Se o mundo fosse como um livro elaborado para crianças,os classificados de jornal seriam como os de Roseana Murray “Troco um fusca branco por um cavalo cor de vento” os classificados seriam poéticos e os meninos sonhariam mais como o “Empinador de Estrela” de Lourenço Diaféria.
Ah! Um mundo de sonhos com Sherazades contando histórias e cavalos alados.
Ah! Um Brasil sem preconceitos, onde ricos e pobres, brancos e negros pudessem se dar as mãos. Isso seria possível se aprendêssemos a ler de verdade,ler com o coração, pois a leitura é um mundo paralelo e mágico que propicia transformação.
E se perguntares quando se deve começar a ter contato com ela: A leitura, e alguém responder que é ao ser alfabetizado este engana-se, pois deve-se ler desde muito cedo, já na barriga da mãe.
Ao escutarmos, já no ventre materno começamos a ler o universo que nos cerca, por isso é preciso fazer desse universo um cosmos repleto de leitura.
Ana Leopoldina